domingo, 23 de janeiro de 2011

Força de Submarinos - Marinha do Brasil


A Força de Submarinos é uma unidade da Marinha do Brasil, que coordena esses meios e as Organizações Militares que lhe estão subordinadas.

Constituída em 1914, o país destaca-se atualmente por ser um dos poucos que constroem submarinos. No hemisfério sul, é o único com tal capacidade. O seu principal projeto hoje é o da construção de cinco submarinos com tecnologia francesa e uma base naval, com previsão de inauguração em 2016 na ilha da Madeira, na baía de Sepetiba



Origens e história

A Marinha do Brasil demonstrou, desde o final do século XIX, interesse pelo novo tipo de embarcação que possibilitava atacar alvos de grande valor sem ser detectado. Inicialmente, foram feitas tentativas de projetar no Brasil uma nova embarcação, que por falta de recursos não lograram êxito.

Submarinos Italianos

Em 1910, em cumprimento ao Programa de Construção Naval de 1904, elaborado pelo Ministro da Marinha Júlio Cesar de Noronha, que previa a aquisição de três submersíveis, foram encomendados na Itália, três submarinos de tipo costeiro utilizados pela "Regia Marina" da classe Laurenti. Construídos no estaleiro Fiat-San Giorgio na cidade de Torino-Spezia, Itália, foram no Brasil denominados de classe F (Foca), recebendo as denominações de F1 ("Foca 1"), F3 (Foca 3) e F5 (Foca 5), e foram os primeiros da Marinha Brasileira. Entregues de 1913 a 1914, estes submarinos tinham 370 toneladas, propulsão diesel-elétrica e dois tubos lança-torpedos. Mergulhavam a aproximadamente 40 metros e navegavam a até 9 nós submersos. Para apoiar os novos meios, foram criadas a Base de Submersíveis e a Escola de Submersíveis e incorporado o navio Tênder Ceará para treinamento, manutenção e salvamento. Após vinte anos de serviço, seus cascos serviram para alicerçar os pilares da ponte de escaleres da Escola Naval.

Em 1929, foi incorporado o Submarino Humaytá da classe italiana "Balilla". O Humaytá foi o primeiro submarino oceânico do Brasil com 1.885 toneladas e alcance de 12.840 milhas náuticas. Outros três submarinos da Classe Perla (S Tupy (S-11), S Tymbira (S-12) e S Tamoyo (S-13)) de 853 toneladas foram adquiridos em 1937. De construção italiana, estes quatro submarinos serviram para o treinamento das forças aliadas estacionadas no Brasil durante a Segunda Guerra Mundial.

Submarinos norte-americanos

Com a escassez de peças pelo colapso da indústria militar italiana e com a abundância de meios disponíveis no pós-Segunda Guerra Mundial, o Brasil adquiriu alguns submarinos aos Estados Unidos da América, adaptando-os e provendo-lhes melhoramentos.

Em 1957, chegaram ao país os submarinos da Classe Gato, S Humaitá (S-14) e S Riachuelo (S-15). Posteriormente, em 1963, chegaram os mais avançados S Rio Grande do Sul (S-11)1963 e S Bahia (S-12)1963 da Classe Balao. Diante da incorporação das tecnologias da classe alemã "Type XXI" pelos Aliados nas Classe Guppy no Brasil denominados Classe Bahia (S Guanabara (S-10), S Rio Grande do Sul (S-11)1973 e S Bahia (S-12)1973). foi necessário adquirir posteriormente os submarinos Classe Guppy II (S Rio de Janeiro (S-13) e S Ceará (S-14)) e Classe Guppy III (S Goiás (S-15) e S Amazonas (S-16)), na década de 1970.


O país superou esta etapa com a chegada dos submarinos S Humaitá (S-20), S Tonelero (S-21) e S Riachuelo (S-22), da Classe Oberon.

O S Tonelero (S-21) foi o último submarino operacional da classe Oberon operada no Brasil, tendo afundado no Natal de 2000.

Parceria Alemã

Por motivos estratégicos, visando o domínio tecnologia e a diminuição da dependência externa, e econômicos, visando a nacionalização de componentes e o incentivo à indústria nacional, a Marinha do Brasil iniciou o programa nacional de construção de submarinos.



Mesmo já tendo alcançado certo nível de experiência na manutenção de submarinos no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, o alto nível tecnológico empregado nestes meios tornou necessária uma fase intermediária. Para isso, foram recebidas diversas ofertas internacionais que visavam a transferência de tecnologia de projeto e fabricação de submarinos. A oferta vencedora foi a do submarino alemão U-209-1400.

A primeira unidade, o S Tupi (S-30), foi construída no estaleiro HDW em Kiel, com o treinamento de técnicos brasileiros, e as demais, S Tamoio (S-31), S Timbira (S-32) e S Tapajó (S-33), no Arsenal de Marinha. Com a experiência angariada, foi possível introduzir modificações no projeto original, que deram origem ao S Tikuna (S-34).

Aguardando a viabilização de um projeto genuinamente nacional, um novo contrato foi assinado com o grupo alemão para a construção de um novo submarino da Classe U-214 e a modernização dos meios existentes.

 Missão


  • Garantir o aprestamento dos meios subordinados;
  • Assessorar no estabelecimento da doutrina de emprego e estabelecer a doutrina de condução de meios subordinados;
  • Exercer o controle operativo dos submarinos no mar;
  • Supervisionar, militar e administritivamente, as OM subordinadas;
  • Exercer as funções de Diretoria Técnica de submarinos;
  • Estabelecer normas e procedimentos e exercer o controle das atividades de mergulho na MB; e
  • Manter atualizados os conhecimentos, normas e procedimentos referentes à atividade de SAR/SUB, e dirigir a faina, quando determinado, a fim de contribuir para a eficácia do emprego dos meios navais subordinados na aplicação do Poder Naval

A Força de Submarinos

Submarinos

Classe Foca

O ínicio da história dos submarinos brasileiros começa em 1914 com a aquisição de três submarinos italianos da classe Foca. Os FF como ficaram conhecidos tiveram seu papel limitado a treinamento e capacitação da engenharia em construção e manutenção dos mesmos. Deram baixa em 1933.
  • Foca 1 - 1913-1933
  • Foca 3 - 1913-1933
  • Foca 5 - 1913-1933

Classe Balilla

O primeiro submarino brasileiro foi o Humaitá, construído ainda na Itália, semelhante ao Balilla italiano. Entregue em 1929, esse submarino foi o recordista em mergulho sendo o primeiro a descer até 100m.
  • S Humaytá - 1929-1957

Classe Tupy

Em 1937, chegam os submarinos Tupy, Timibira e Tamoio, também italianos. Esses submarinos da classe T/Perla foram encomendados pela Itália, que acabou extinguindo a Flotilha de Submersiveis. Os modelos então já fabricados, participaram da Segunda Guerra Mundial na patrulha da costa brasileira.
  • S Tupy (S-11) - 1937-1957
  • S Tymbira (S-12) - 1937-1957
  • S Tamoyo (S-13) - 1937-1957

Classe Humaytá

Somente em 1957, após 20 anos de jejum, houve uma renovação da frota brasileira. Renovação que não era tão nova assim, pois eram submarinos da classe Gato que participaram, pelos EUA, na Segunda Guerra Mundial. Os modelos eram os USS Muskalungee (Humaitá) e USS Paddle (Riachuelo), encerrando a função dos classe T.
  • S Humaytá (S-14) - 1957-1966
  • S Riachuelo (S-15) - 1957-1966

Classe Rio de Janeiro

Em 1963 foram recebidos os S12 Bahia e S11 Rio Grande do Sul. Ambos eram também tipo Fleet, mas da classe Balao e eram oriundos da Segunda Guerra Mundial.
  • S Rio Grande do Sul (S-11) - 1963-1973
  • S Bahia (S-12) - 1963-1973

Classe Guanabara

Nos anos 70, foram adquiridos sete submarinos da classe Guppy americanos.
  • S Guanabara (S-10) - 1973-1993
  • S Rio Grande do Sul (S-11) - 1973-1993
  • S Bahia (S-12) - 1973-1993
  • S Rio de Janeiro (S-13) - 1973-1978
  • S Ceará (S-14) - 1973-1987
  • S Goiás (S-15) - 1973-1990
  • S Amazonas (S-16) - 1973-1992

Classe Humaitá

Entre os anos 60 e 70, foram adquiridos três submarinos ingleses da classe Oberon.
  • S Humaitá (S-20) - 1973-1996
  • S Tonelero (S-21) - 1977-2001
  • S Riachuelo (S-22) - 1977-Hoje¹

Classe Tupi

  • S Tupi (S-30)
  • S Tamoio (S-31)
  • S Timbira (S-32)
  • S Tapajó (S-33)

Classe Tikuna

  • S Tikuna (S-34)
  • S Tapuia (S-35) (construção cancelada)

Scórpene



Em construção.
  • S-35
  • S-36
  • S-37
  • S-38

Navios

Classe Gastão Moutinho

  • NSS Gastão Moutinho (K-10) - 1973-1996

Classe Felinto Perry

  • NSS Felinto Perry (K-11) -

Organizações Militares


As Organizações Militares que lhe são afetas são:
  • Base Almirante Castro e Silva (BACS) - base naval sediada no Rio de Janeiro;
  • Centro de Instrução e Adestramento Almirante Áttila Monteiro Aché (CIAMA) - responsável por treinamento em atividades de submarinos, mergulho e operações especiais.
  • Grupamento de Mergulhadores de Combate (GRUMEC) - responsável por ações específicas de guerra não-convencional em ambientes marítimos e ribeirinhos.

Os submarinos do futuro

Com verba prevista no orçamento da União de 2009 e com o novo Plano Estratégico Nacional, o novo propulsor de energia nuclear, com tecnologia 100% nacional, passará a equipar uma nova geração de submarinos para assegurar a defesa do Atlântico Sul. 

 (Wikepedia)

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