quarta-feira, 2 de março de 2011

Liga Árabe rejeita intervenção externa na Líbia e adia cúpula

Navio de Guerra dos Estados Unidos no Canal de Suez

Motivo é a situação tensa no Norte da África e no Oriente Médio.
Órgão diplomático pediu ao regime de Kadhafi que cesse a violência.

A Liga Árabe adiou até o final de maio a sua cúpula inicialmente prevista para 29 de março em Bagdá, em consequência da situação na região do Norte da África e do Oriente Médio.

Em 18 de fevereiro a Líbia, atual presidente da Liga, anunciou que adiaria a cúpula anual, mas o Iraque desmentiu esse adiamento por considerar que não poderia ser decidido por um único país.

Ministros de Relações Exteriores da Liga Árabe se reuniram no Cairo para discutir o esboço de uma resolução rejeitando a intervenção militar estrangeira na Líbia, informou o vice-secretário-geral da Liga, embaixador Ben Helli. "A Liga Árabe, por meio de seus delegados, introduziu na terça-feira uma resolução que será entregue aos ministros de Relações Exteriores durante a reunião... para rejeitar qualquer intervenção militar estrangeira na Líbia", afirmou o embaixador Helli.

O Egito informou que dois navios de guerra americanos entraram no canal de Suez em seu caminho pelo Mediterrãneo, se aproximando da costa líbia, após ordens do secretário de Defesa, Robert Gates.
O presidente da Liga, Amr Moussa, pediu o fim da violência na Líbia na semana passada, dizendo que as exigências do povo árabe por mudanças são legítimas e requerem negociações, não confrontos.
A reunião desta quarta-feira entre ministros de Relações Exteriores deve reforçar a condenação da entidade contra o líder líbio, Muammar Kadhafi, mas o esboço da resolução também irá ressaltar 'a unidade e integridade do solo líbio'.

A Liga suspendeu a participação da delegação líbia na entidade, sediada no Cairo, como forma de condenação contra a violência das forças de Kadhafi na repressão às revoltas populares.

Ministros da Liga Árabe pediram aos líderes líbios nesta quarta-feira que tomem decisões 'corajosas' para impedir a violência e respeitem os 'direitos legítimos' do povo.

O ministro de Relações Exteriores do Iraque, Hoshiyar Zebari, que presidiu a sessão de abertura da reunião no Cairo, também afirmou que a crise na Líbia é um assunto interno dos árabes, enfatizando que os árabes não queriam nenhuma 'intervenção estrangeira'.

Ele pediu um momento de silêncio aos ministros pelos árabes mortos na onda de protestos por reformas na região.(G1)



 

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