quarta-feira, 9 de março de 2011

Ônibus espacial Discovery volta à Terra e se aposenta após 26 anos


O ônibus espacial Discovery aterrissou nesta quarta-feira no Centro Espacial Kennedy, no Estado americano da Flórida. A aterrissagem encerra a missão STS-133, a última de sua história, após 39 viagens em quase três décadas de serviços à Nasa. 

Sob comando de Steven Lindsey e com outros cinco tripulantes a bordo, o Discovery tocou terra sem incidentes às 11h57 (13h57 em Brasília), o horário previsto.

O ônibus, tido como um marco da história espacial dos Estados Unidos, passou 365 dias em órbita. Durante sua missão final, a aeronave por mais tempo em uso da Nasa entregou uma instalação que reúne um estoque e um laboratório de pesquisa à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), assim como uma plataforma externa para abrigar peças sobressalientes. 

A aeronave também carregou toneladas de suprimentos e equipamento científico, incluindo um robô protótipo humanóide construído em parceria com a General Motors.
O Discovery deve seguir agora para o Museu Nacional Smithsonian do Ar e Espaço, onde ficará em exposição.
As naves irmãs Endeavour e Atlantis devem encerrar suas atividades em abril e junho, respectivamente, depois de entregar o Espectômetro Magnético Alpha detector de partículas e suprimentos para um ano para a estação --um projeto de US$ 100 bilhões pago por 16 nações. 

Dois outros ônibus foram destruídos em acidentes. O Challenger se partiu sobre o oceano Atlântico pouco depois de decolar, em 28 de janeiro de 1986, matando sete astronautas. O Columbia desintegrou-se ao reentrar na atmosfera terrestre sobre o Texas em 1º de fevereiro de 2003, matando outros sete astronautas.
Os EUA estão encerrando seu programa de ônibus espaciais iniciado há 30 anos, devido a altos custos operacionais e para liberar recursos para começar a trabalhar na nova nave que pode viajar para a Lua, asteroides e outros destinos além da órbita da estação. O Congresso americano, no entanto, ainda não alocou fundos para iniciar novos programas. 

O país dependerá agora do governo russo para lançar astronautas à estação espacial, apesar de esperar eventualmente comprar voos em companhias privadas --caso alguém efetivamente desenvolva voos comerciais ao espaço.(Folha)


Nenhum comentário:

Postar um comentário