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quarta-feira, 18 de maio de 2011

Planeta fora do Sistema Solar é potencialmente habitável, diz estudo

Um dos planetas que gira ao redor da estrela anã vermelha Gliese poderia ser habitável, segundo um novo estudo científico. O Gliese 581d, como é conhecido, teria clima propício para a existência de água em estado líquido e também para abrigar vida. 

A afirmação, feita em comunicado na segunda-feira (16), vem do CNRS (Centro Nacional de Pesquisas Científicas), que classifica o 581d como o "primeiro planeta potencialmente habitável". 

Quando detectado em 2007, o 581d indicava que não poderia ser habitável por ser frio demais. 

Esquema com temperaturas no planeta; áreas em azul são mais frias e em vermelho, quentes
 
Esse exoplaneta, que orbita uma estrela pouco quente, uma anã-vermelha, recebe três vezes menos energia, se comparada à que a Terra recebe do Sol. Também é possível que tenha sempre a mesma face voltada para a sua estrela, enquanto a outra permanece em eterna escuridão. 

Apesar dessas desvantagens, o 581d poderia se beneficiar de um "efeito estufa", afirma o CNRS, que tornaria seu clima quente o suficiente para permitir a formação de oceanos, nuvens e chuva. 

Segundo os cientistas, o exoplaneta poderia inclusive evitar a condensação de sua atmosfera na face noturna. 

A equipe dos cientistas Robin Wordworth e François Forget, do LMD (Laboratório de Meteorologia Dinâmica), que pertence ao Instituto Pierre Simon Laplace de Paris, baseou sua simulação em modelos que costumam ser usados para estudar o clima terrestre. Para chegar às conclusões sobre o 581d, a margem de condições possíveis foi ampliada. 

Detalhes da pesquisa constam na revista científica "The Astrophysical Journal Letters".(France Presse / Folha de São Paulo)

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Astronauta tira foto da Terra de dentro de observatório da ISS

Um dos membros da ISS (Estação Espacial Internacional) escolheu o oceano Pacífico para fazer uma foto da Terra. A Nasa divulgou a imagem tirada em 20 de março nesta sexta-feira. 

O clique foi feito a partir de uma cúpula da ISS, que é capaz de acomodar dois astronautas e equipamento portátil como o que controla o mecanismo de robôs da estação orbital. O local não é dos mais confortáveis: possui somente três metros de diâmetro. 

A cúpula também permite que os astronautas monitorem as caminhadas no espaço, na parte externa da ISS, e as acoplagens de espaçonaves enviadas pela Terra.(Folha de São Paulo)

Foto do oceano Pacífico tirada da cúpula de observação, de onde se pode acompanhar atividades fora da ISS

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Núcleo da Terra gira mais devagar do que se pensava até agora


Washington, 20 fev (EFE).- Um grupo de geofísicos descobriu que o núcleo da Terra gira mais devagar do que acreditava-se previamente, afetando o campo magnético, indica um artigo publicado neste domingo na revista "Nature Geoscience".

O estudo desenvolvido pelo Departamento de Ciências da Terra da Universidade de Cambridge detalha que o núcleo do planeta se move mais lentamente do que o grau anual do que se pensava, a velocidade de rotação é inferior a um grau a cada 1 milhão de anos.

O núcleo interno da Terra cresce mais devagar na medida em que o fluído externo vai se solidificando sobre a superfície do núcleo externo, afirma a pesquisa de Lauren Waszek, e a diferença na velocidade hemisférica leste-oeste deste processo fica congelada na estrutura do núcleo interno.

"Descobrimos que a velocidade de rotação provém da evolução da estrutura hemisférica, e assim demonstramos que os hemisférios e a rotação são compatíveis", explica Waszek.

Até agora, assinalou a geofísico da Universidade de Cambridge, este era um importante problema para a geofísica, "porque as rápidas velocidades de rotação eram incompatíveis com os hemisférios observados no núcleo interno, não permitiam tempo suficiente para que as diferenças congelassem a estrutura".

Para obter estes resultados, os cientistas utilizaram ondas sísmicas que cruzaram o núcleo interno, 5,2 mil quilômetros abaixo da superfície da Terra, e as compararam com o tempo de viagem das ondas refletidas na superfície do núcleo.

Posteriormente, observaram as diferenças na rotação dos hemisférios leste e oeste e comprovaram que giram de maneira consistente em direção a leste e para dentro, por isso que a estrutura mais profunda é a mais velha.

A descoberta é importante porque o calor produzido durante a solidificação e o crescimento do núcleo interno dirige a convecção do fluído nas camadas externas do núcleo.

Os fluxos de calor são os que encontram os campos magnéticos, que protegem à superfície terrestre da radiação solar, e sem os quais não haveria vida na Terra.


Waszek disse que os resultados "apresentam uma perspectiva adicional para compreender a evolução do nosso campo magnético". EFE