Mostrando postagens com marcador Aviões. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Aviões. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Protótipos da Agência Espacial Americana - Nasa

Agência espacial americana quer que as aeronaves do futuro sejam revolucionárias

O projeto da Northrop Grumman é um dos mais ousados porque parece duas aeronaves grudadas. O projeto prevê que os passageiros fiquem em duas áreas ligadas pelas asas, enquanto a tripulação pode ficar em uma pequena cabine acima do corpo do avião. 
O protótipo apresentado pela Lockheed Martin tem as duas asas unidas por um grande motor de cauda
Proposta da companhia Boing 
No começo de 2010, outro projeto apresentado pela Boing foi o do avião Subsonic Ultra Green Aircraft Research, ou SUGAR. Sua turbina combina gás e energia fornecida por uma bateria. O avião tem capacidade de levar até 154 passageiros e a previsão inicial é que o projeto fique pronto entre 2030 e 2035 

O Icon-II, também da Boing, é ultrafino e tem um sistema de redução de ruído
A Lockheed Martin Corporation estudou um novo avião com poucos ruídos e ecologicamente correto. As duas asas são ligadas por uma estrutura em formato de V invertido
 
O Select é um avião da Northrop Grumman cujo desenho não é muito revolucionário em relação aos modelos que existem hoje, mas ele é feito com materiais à base de nanotecnologia  e tem consumo mais baixo de combustível
 
A GE Aviation projetou um superavião que tem a capacidade de levar 20 vezes mais passageiros do que um avião convencional, com a vantagem ainda de ser silencioso e ter baixo consumo de combustível
O Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês) mostrou à Nasa um projeto do avião D8, que tem sua base modificada, achatada, que reduz seu peso. Os motores são "escondidos", a cabine é maior do que um modelo Boing 737-800 e a capacidade é de 180 passageiros
Esse avião faz parte da série H também projetada pelo MIT. Sua missão é fazer voos de longa distância, intercontinentais, com grande volume de carga e com até 354 pessoas

domingo, 2 de janeiro de 2011

XB-70 Valkyrie: o bombardeiro experimental com a melhor performance de todos os tempos


O Valkyrie foi um avião que estava décadas à frente de seu tempo. Carregava sua carga de bombas a três vezes a velocidade do som, e levou a engenharia aeronáutica dos início dos anos 60 muito além do que se acreditava ser possível. Ele chegou a ser proposto como o primeiro bombardeiro de propulsão nuclear do mundo – mas a complexidade pagaria seu preço.

O enorme B-52 Stratofortress era o bombardeiro estratégico de longo alcance dos EUA na década de 50, usado para levar as armas nucleares a qualquer lugar do mundo. O Pentágono pediu um substituto, um bombardeiro que pudesse viajar a altitudes altíssimas, carregar bombas nucleares e permanecer no ar por longos períodos. Ele também precisaria ter velocidades extremas para escapar de jatos interceptadores, a maior ameaça aos bombardeiros de longo alcance na época. Como ninguém achou que os motores a jato comuns poderiam produzir potência suficiente para atender todos os requisitos, as primeiras pesquisas concentraram-se na instalação de um reator nuclear no avião.


Isto não foi apenas um plano hipotético – o Convair B-36 Pacemaker tinha um reator nuclear funcional e voou em várias missões de testes na metade dos anos 50, muitas com o reator em atividade. Um imenso disco de chumbo separava o reator do compartimento da tripulação e o cockpit era revestido com chumbo. Os voos de teste foram usados principalmente para determinar os efeitos da radiação no avião e a capacidade de proteger a tripulação – o B-36 nunca foi realmente movido pelo reator. Os soviéticos fizeram um experimento similar usando um Tupolev Tu-119.


Assim, os primeiros projetos do que acabaria se tornando o XB-70 pedia um avião que usasse energia nuclear. Este ramo da pesquisa acabou se tornando um beco sem saída, parte porque as pesquisas e os custos de projeto eram enormes, parte porque alguém finalmente decidiu que colocar um reator nuclear em um avião militar (“sempre construído pelo preço mais baixo”, como exigem as leis em relação ao que é público) era uma receita para um desastre realmente terrível.


As vantagens do reator nuclear seria o tamanho compacto e a ausência dos enormes tanques de combustível convencional. Sem ele, como um avião de grande porte conseguiria voar rápido o bastante e ainda carregar combustível suficiente para sua missão? Depois de descartar uma solução que usava enormes tanques auxiliares repletos de combustível enriquecido com boro (HEF – High Energy Fuel), os engenheiros norte-americanos chegaram a uma ideia brilhante: usar o efeito aerodinâmico da velocidade supersônica a seu favor. A ideia chave é chamada sustentação por compressão. As ondas de choque que se formam nas bordas dos aviões supersônicos podem empurrar o avião para cima se as formas forem projetadas corretamente. Particularmente em grandes altitudes, onde o ar é rarefeito, isso resultaria em uma grande economia de combustível. O projeto final do Valkyrie usou imensas pontas de asa que dobravam-se para baixo para formar um “túnel” sob a fuselagen, canalizando e direcionando as ondas de choque. O resultado foi um avião capaz de viajar a Mach 3 em direção ao alvo e ainda reservar combustível suficiente para voltar para casa.

À primeira vista o Valkyrie não parece ser um avião desenvolvido no fim dos anos 50/começo dos anos 60. As asas delta, o canard (asa frontal auxiliar) avançado e longo e o formato esguio parecem mais algo dos anos 80 ou 90. Na verdade, uma vez que determinaram que o avião era fisicamente viável, os engenheiros precisaram encontrar ou desenvolver materiais que pudessem suportar tal desempenho. Eles não tinham compostos avançados em fibra de carbono para trabalhar. Em vez disso, o corpo do Valkyrie é feito de aço inoxidável. Uma fina pele cobre uma camada tipo colmeia que não somente é forte, mas também dissipa o calor gerado pelo voo supersônico. Algumas superfícies usam também uma liga especial conhecida como René 41.

Dois Valkyries foram construídos e largamente testados ao longo dos anos 60. Infelizmente, outras inovações tecnológicas invalidaram a razão da existência do Valkyrie. Na época o motivo era operacional: os caças-interceptadores já não eram mais a principal ameaça aos bombardeiros. Os mísseis antiaéreos (SAM) haviam tornado-se eficientes o bastante para abater aviões mesmo que estivessem voando a grandes altitudes e altas velocidades. Para piorar, o Pentágono não precisava mais de bombardeiros de longo-alcance para as armas nucleares. Eles tinham ICBMs (mísseis balísticos impossíveis de serem interceptados na época) para fazer o trabalho sujo. Logo o XB-70 nunca foi produzido em série. Os dois protótipos voaram dezenas de testes, e estes testes foram a base dos sistemas de alta velocidade e altitude desenvolvidos nos anos seguintes. O SR-71 Blackbird, o bombardeiro B-1B e outras aeronaves militares podem traçar suas origens no XB-70 Valkyrie.

Infelizmente a história do XB-70 não teve um final feliz. Em 1966 durante uma sessão de fotos aereas depois de um voo de testes, um caça F-104 atingiu a asa direita do XB-70 número 2. O caça “rolou” por cima do Valkyrie, danificando as duas asas e estabilizadores verticais antes de explodir. O Valkyrie perdeu o controle e caiu. O piloto Al White conseguiu se ejetar, mas ficou gravemente ferido, enquanto o copiloto Carl Cross acabou morrendo, assim como o piloto do F-104. O vídeo abaixo mostra uma série de fotos tiradas na ocasião e retrata a colisão, explosão e a queda do Valkyrie.

(A reportagem é do site JALOPNIK Brasil
Fontes: Cross, Robin. The Bombers. MacMillan, 1987.
Unreal Aircraft. “Lost Classics – North American XB-70 Valkyrie.”)

Não deixe de ver os vídeos no site