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quinta-feira, 19 de maio de 2011

Supercomputador pessoal é lançado no Brasil

A máquina, chamada HPC Box, é 100 vezes mais potente que um PC comum e pouco maior

 

Já pensou ter um computador com 100 vezes mais poder de processamento que um computador convencional? ´O HPC Box vem equipado com processadores Tesla C2050 e C2070, da companhia NVIDIA. Esta tecnologia era até então limitada aos computadores de grande porte, mas a nova máquina possui um tamanho não muito maior que o computador que temos em casa: 70 centímetros de altura, 30 cm de largura e 70 cm de profundidade.


Cada unidade de processamento (GPU) tem capacidade de gerar 1 teraflop, o equivalente a 1 trilhão de cálculos por segundo. Podendo conter até quatro GPU’s, o HPC Box processa até quatro trilhões de cálculos por segundo. Algumas áreas de pesquisa necessitam desses computadores de alto desempenho para gerarem seus milhões de dados, como a de meteorologia, geologia – para perfil de uso do solo –, genética, entre outras. 

A máquina é feita sob encomenda e tem preço estimado entre R$ 35 mil e 65 mil, dependendo da configuração desejada. O preço é alto comparado a um PC comum, mas o diretor de tecnologia da SMB-Sunset, Edouard Kutchukian afirma que, “por contribuir com o desenvolvimento de projetos científicos, o pesquisador pode adquirir o equipamento utilizando recursos de sua bolsa de pesquisa.”.  A meta da SMB-Sunset é negociar pelo menos 50 deles ainda neste ano e outras 100 máquinas em 2012. (Revista Galileu)

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Governo dos EUA encomenda à IBM supercomputador de 10 petaflops (rodando Linux)

“Para informação geral, o possível futuro computador mais rápido do mundo (alcançando 10 petaflops) usará um sistema operacional já bem discutido aqui: Red Hat Enterprise. Se vocês observarem a complexidade do hardware, diram que o sistema precisa ser , no mínimo, robusto. 

“Apelidado de Mira, máquina terá mais de 750 mil processadores e utilizará sistema de código aberto; outros dois estão sendo construídos no país. O Laboratório Nacional Argonne, do Departamento de Energia dos Estados Unidos, encomendou à IBM a construção do que será um dos mais poderosos supercomputadores do mundo, anunciou a IBM nesta terça-feira (8/2). O computador, apelidado de Mira, será capaz de executar 10 quatrilhões de cálculos por segundo, ou 10 petaflops, e será colocado em funcionamento em 2012, afirmou a empresa. Ele será construído sobre a próxima versão da arquitetura de supercomputação Blue Gene, chamada Blue Gene/Q.” … “Como sistema operacional, os nós computacionais rodarão um kernel escalável de código aberto e os nós de I/O terão uma versão modificada do Red Hat Enterprise Linux. “” [referência: idgnow.uol.com.br] (BR Linux)

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Saiba mais sobre os 65 anos do primeiro computador eletrônico digital

(Por Isis Nóbile Diniz, da Redação Yahoo! Brasil)

Hoje em dia um iPhone na mão de uma criança é um brinquedo manipulado com extrema naturalidade. Quem nasce na era do touch-screen não imagina que está diante de um velhinho que, nesta segunda-feira (14), completa 65 anos de vida: o computador digital. A data marca o lançamento do Eniac (abreviação de Electrical Numerical Integrator and Computer), desenvolvido na Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, entre 1943 e 1946. A importância do Eniac está em ser o primeiro computador eletrônico digital que calculava em larga escala. 

"O Eniac foi o primeiro do tipo desenvolvido nos Estados Unidos em um projeto bem sucedido e predecessor de computadores importantes para a evolução dessas máquinas", afirma Maria Cristina Ferreira de Oliveira, professora do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da Universidade de São Paulo (USP). Segundo a professora, o projeto inicial previa o investimento de US$ 150 mil, mas acabou custando US$ 400 mil. "Na época, para criar qualquer máquina era necessário mihões de dólares", conta Maria Cristina. 

Computadores e a guerra

Engana-se quem imagina que, na década de 1940, os pesquisadores pensavam em elaborar um computador para uso pessoal. Essas máquinas se desenvolveram significantemente com a Primeira e a Segunda Guerras Mundiais. O Eniac, por exemplo, foi criado para calcular tabelas balísticas. "Os americanos queriam saber como deveriam posicionar seus canhões para certar o alvo. Antes do Eniac, esses cálculos exigiam grande esforço humano, sistematizado e automatizado com o computador e que também reduziu erros", explica a professora. 

O Eniac demandava muita mão de obra. Ele ocupava uma sala com 300 m2, tinha 2,5 m de altura e pesava 30 toneladas. Possuía 17.470 válvulas que esquentavam e , por queimarem, sempre tinham que ser substituídas. Ele era programado fisicamente por um painel repleto de plugues e chaves - conforme a posição delas, ele executava uma tarefa. 

Os dados eram inseridos por meio de cartões perfurados, sendo que o resultado era apresentado em um painel repleto de luzes, chaves e cabos que acendiam ou apagavam de acordo com a função. Realizava cinco mil operações aritméticas por segundo. De acordo com o Computer History Museum, localizado na Califórnia, Estados Unidos, em uma década esse trambolho fez mais contas do que a humanidade inteira tinha feito até então. "Hoje, qualquer calculadora de engenharia é mais rápida que ele", conta Maria Cristina. 

História do computador

No livro "Introdução à Programação com Ada 95", o autor Arthur Vargas Lopes conta que as avós dos computadores eram as máquinas de somar no início do século 17. Em meados de 1800, criou-se uma conhecida como "difference engine" que definiu o conceito de computador digital mecânico controlado por programa, que incorporava uma unidade aritmética, uma unidade de armazenamento, mecanismos para leitura e gravação de cartões perfurados para impressão". 

Segundo o museu Computer History Museum, o censo de 1890 nos Estados Unidos, com cerca 63 milhões de habitantes, não teria terminado antes de 1900 se não fosse criada a máquina de tabulação que lia dados gravados em cartões perfurados. Inspirado na ideia, em 1934, o computador Mark 1, projetado na Universidade de Harvard, multiplicava dois números de 23 dígitos em seis segundos - um computador atual faz o mesmo em menos de um segundo. 

Depois do Eniac, nasceu o Edvac com memória binária - como são os computadores atualmente -, marcando o aparecimendo dos modernos computadores digitais. O Edvac, diferentemente do antecessor, usava a mesma memória para armazenar dados e programas sem a necessadade de alterações na parte física (espécies de manivelas). Em seguida, veio o Univac, primeiro computador comercial. "Antes, os computadores eram essencialmente usados em ambientes acadêmicos e de pesquisa", explica Maria Cristina. "Países, bancos, grandes coorporações tinham interesse nele, já que fazia cálculos funcionando em diferentes contextos", completa. 

A demanda pelo computador crescia em meados de 1950. Na época, os interessados reservavam horas para usá-lo. Até que vieram os mainframes, que poderiam ser comprados por um preço mais acessível, mas deveriam ser mantidos em salas refrigeradas. Para aplicações acadêmicas, foram criados os minicomputadores e, em seguida, os microcomputadores e os computadores pessoais (PCs). Até chegarmos ao que conhecemos hoje. Veja a evolução dos computadores, com fotos do Computer History Museum: 











quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Computador clássico de 8 bits ZX Spectrum será relançado em 2012

Computador terá conexões Wi-Fi e Bluetooth e usará emulador de jogos.
Aparelho que faz 30 anos em 2012 possui legião de fãs.

Para comemorar o aniversário de 30 anos de lançamento do antigo computador de 8 bits ZX Spectrum, uma empresa britânica Elite Systems irá relançar o aparelho no mercado em 2012.

A companhia que havia lançado games para o aparelho na década de 80 conseguiu os direitos para  colocar o computador nas lojas, de acordo com reportagem do jornal inglês The Telegraph. Atualmente, o único meio de se jogar games da plataforma é por meio de aplicativos para iPhone e iPod touch, publicados pela própria Elite Systems.

O novo ZX Spectrum terá visual similar ao original, mas seu funcionamento será diferente. Em vez das placas e circuitos da época, o computador atuará como um emulador, terá teclado sem fios, terá conexão com o iPhone e com Wi-Fi e Bluetooth. Informações adicionais sobre o aparelho não foram reveladas pela Elite Systems e pela reportagem do Telegraph.

O ZX Spectrum foi lançado no Reino Unido em 1982 pela empresa Sinclair Research, sendo um dos computadores 8 bits mais populares da década. No Brasil, ele foi vendido como TK-90X, da Microdigital. Até hoje o aparelho possui uma legião de fãs e de colecionadores.

Ps... Tô na fila!!!!!!

 

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Dado quântico é armazenado no núcleo de um átomo

Físicos armazenaram informações por 112 segundos naquilo que poderá se tornar a menor memória de computador do mundo: os spins magnéticos nos núcleos de átomos.

A seguir, os pesquisadores leram os dados eletronicamente, recuperando as informações.

Além de avançar a área de spintrônica, este pode ser um grande passo para usar o novo tipo de memória para construir os primeiros computadores quânticos.

Embaixo o aparato experimental, onde um chip de silício dopado com fósforo, medindo apenas 1 milímetro quadrado, foi usado para armazenar o dado quântico. [Imagem: McCamey/University of Utah]
Spin nucleares
Se 112 segundos parece pouco, lembre-se que as memórias dos computadores atuais guardam dados por apenas alguns milissegundos - os dados precisam ser atualizados constantemente para que não se percam.

Para os computadores quânticos do futuro, os cientistas acreditam que armazenar os dados no spin do núcleo dos átomos é mais seguro do que armazená-los nos spins dos elétrons, que são mais voláteis - veja Computadores quânticos ficam 5.000% mais viáveis.

"A duração da memória de spin que observamos é mais do que suficiente para criar memórias para computadores," afirmou Christoph Boehme, da Universidade de Utah, nos Estados Unidos. "É uma maneira completamente nova de armazenamento e leitura de informações."

Dados clássicos e dados quânticos
Dois anos atrás, outro grupo de cientistas anunciou ter armazenado dados quânticos por dois segundos dentro de núcleos atômicos, mas eles não conseguiram ler os dados de volta por via eletrônica, como Boehme e seus colegas fizeram agora.
Para isso, eles utilizaram dados clássicos - 0 ou 1 - em vez de dados quânticos - 0 e 1 ao mesmo tempo.
O feito representa literalmente um passo em uma sequência de realizações da equipe, desde 2006:
O novo estudo reúne armazenamento quântico nuclear de dados com uma leitura elétrica desses dados, e "é isso o que há de novo," diz Boehme.

Fria realidade
No entanto, o uso prático da técnica ainda esbarra em alguns, digamos, "obstáculos técnicos": o aparato de memória baseado no spin nuclear só funciona a 3,2 Kelvin, ou um pouco acima do zero absoluto.

E o aparelho deve ser cercado por poderosos campos magnéticos, cerca de 200 mil vezes mais fortes do que o campo magnético da Terra.

"Sim, você pode construir imediatamente um chip de memória desta maneira, mas você vai querer um computador que tem de funcionar a 270 graus centígrados abaixo de zero e em um ambiente de um grande laboratório de magnetismo?" brinca Boehme.

"Primeiro vamos aprender como fazê-lo funcionar em temperaturas mais altas, que sejam mais práticos para um computador, e sem esses fortes campos magnéticos para alinhar os spins," diz o cientista.

(Site Inovação Tecnológica)
Bibliografia:

Electronic Spin Storage in an Electrically Readable Nuclear Spin Memory with a Lifetime >100 Seconds
D. R. McCamey, J. Van Tol, G. W. Morley, C. Boehme
Science
Vol.: 330 no. 6011 pp. 1652-1656
DOI: 10.1126/science.1197931

domingo, 23 de janeiro de 2011

Campus Party - Steve Wozniak


Woz
Mas a grande atração do dia – e talvez de todo o evento – tenha sido a palestra de Steve Wozniak, o criador do computador pessoal como o conhecemos hoje. Bonachão, bem humorado e tratado como a lenda viva do mundo digital que é, “Woz” como é mais conhecido foi recebido por uma multidão ainda maior do que aquela que se reuniu para assistir à palestra de Al Gore.

Antes de sua apresentação, às 19h, Wozniak deu uma entrevista coletiva em que preferiu ser mais político e conciliador, mesmo que as perguntas o provocassem. Falou que gosta do Android, o sistema operacional para celulares do Google, e não quis falar do sistema similar da Microsoft, o Windows Phone, por dizer que nunca havia o usado – antes de elogiar, com algumas ressalvas, o sistema operacional do iPhone. O máximo de provocação que se atreveu foi cutucar a própria Apple, ao dizer que incluiria uma série de recursos no iPad (entradas diferentes, câmeras, etc.), caso ainda trabalhasse na empresa.

Em sua palestra, o cofundador da Apple falou de seus anos de formação e resumiu em uma hora a parte de sua biografia que lhe tornou um ícone – e contou, para centenas de campuseiros silenciosos e vidrados, como um engenheiro da computação tímido mudou a história dos computadores. Falou da importância de ser uma pessoa bem humorada, de bem com a vida, que gosta de fazer brincadeiras com os amigos e como isso tinha a ver não só com a natureza da personalidade das pessoas criativas como com o próprio público da Campus Party.

Contou como inventou o computador pessoal a partir de uma série de observações sobre invenções que aos poucos invadiam os lares norte-americanos, no final dos anos 70, como o videogame, a televisão a cores e a calculadora científica. Falou de como conheceu Steve Jobs e de sua obsessão por criar algo que pudesse ser vendido para as pessoas. Wozniak, antes da Apple, trabalhava na HP e quis oferecer o computador que estava criando para a empresa, que recusou. Felizmente, segundo disse, afinal a empresa não iria vender o aparelho para as pessoas comuns, e sim para outros engenheiros. E convenceu-se de que a grande sacada de Jobs foi levar aquele novo aparelho para o lar de qualquer um – e de transformá-lo em um aparelho que fosse divertido ao mesmo tempo que útil e prático.

Antes de terminar sua apresentação, Wozniak parou de falar sobre sua trajetória para falar um pouco sobre o problema da neutralidade de rede, abordado pelo Link há algumas semanas. Ele sublinhou a importância da rede permanecer livre e gratuita para as pessoas, não para os provedores de acesso e operadoras telefônicas. “Não podemos confiar neles”, disse, num evento patrocinado por uma empresa desta natureza.

Ao final da palestra, o “prefeito” da Campus Party, Mario Teza, chamou o público para fazer perguntas no palco, ao lado de Woz. Em uma das respostas que mais causou sensação, ele foi perguntado sobre o que achava do fato da Apple querer fechar o ambiente digital em torno de sua própria marca, tornando mais difícil a interação com outros computadores e sistemas operacionais. E respondeu falando uma das expressões mágicas da Campus Party: “Acredito no open source”, disse antes de ser aplaudido com entusiasmo. Não era difícil notar que a felicidade dos campuseiros que o assistiam vinha do fato de se reconhecerem no nerdismo bonachão de Woz, uma inspiração – direta ou indireta – para grande parte dos presentes.

Depois de sua apresentação, a organização do evento formou uma fila para que Wozniak pudesse tirar fotos com os campuseiros e autografar sua biografia, iWoz, lançada no Brasil pela ocasião de sua vinda. A fila deu a volta em quase todo o pavilhão do Centro de Exposição Imigrantes e durou mais de três horas para chegar ao fim.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Tupã: o novo supercomputador do INPE


Agência FAPESP – O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) inaugurou terça-feira (28/12), no Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), em Cachoeira Paulista (SP), o supercomputador Tupã.

Com o nome do deus do trovão na mitologia tupi-guarani, o sistema computacional é o terceiro maior do mundo em previsão operacional de tempo e clima sazonal e o oitavo em previsão de mudanças climáticas.

Não apenas isso. De acordo com a mais recente relação do Top 500 da Supercomputação, que lista os sistemas mais rápidos do mundo, divulgada em novembro, o Tupã ocupa a 29ª posição. Essa é a mais alta colocação já alcançada por uma máquina instalada no Brasil.

Ao custo de R$ 50 milhões, dos quais R$ 15 milhões foram financiados pela FAPESP e R$ 35 milhões pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), por meio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), o sistema foi fabricado pela Cray, em Wisconsin, nos Estados Unidos.

O Tupã é capaz de realizar 205 operações de cálculos por segundo e processar em 1 minuto um conjunto de dados que um computador convencional demoraria mais de uma semana.

Com vida útil de seis anos, o equipamento permitirá ao Inpe gerar previsões de tempo mais confiáveis, com maior prazo de antecedência e de melhor qualidade, ampliando o nível de detalhamento para 5 quilômetros na América do Sul e 20 quilômetros para todo o globo.

A máquina também possibilitará melhorar as previsões ambientais e da qualidade do ar, gerando prognósticos de maior resolução – de 15 quilômetros – com até seis dias de antecedência, e prever com antecedência de pelo menos dois dias eventos climáticos extremos, como as chuvas intensas que abateram as cidades de Angra dos Reis (RJ) e São Luiz do Paraitinga (SP) no início de 2010.

“Com o novo computador, conseguiremos rodar modelos meteorológicos mais sofisticados, que possibilitarão melhorar o nível de detalhamento das previsões climáticas no país”, disse Marcelo Enrique Seluchi, chefe de supercomputação do Inpe e coodernador substituto do CPTEC, à Agência FAPESP.

Segundo o pesquisador, no início de janeiro de 2011 começarão a ser rodados no supercomputador, em nível de teste, os primeiros modelos meteorológicos para previsão de tempo e de mudanças climáticas. E até o fim de 2011 será possível ter os primeiros resultados sobre os impactos das mudanças climáticas no Brasil com dados que não são levados em conta nos modelos internacionais.

Modelo climático brasileiro

De acordo com Gilberto Câmara, diretor do Inpe, o supercomputador foi o primeiro equipamento comprado pela instituição de pesquisa que dispensou a necessidade de financiamento estrangeiro.

“Todos os outros três supercomputadores do Inpe contaram com financiamento estrangeiro, que acaba custando mais caro para o Brasil. O financiamento da FAPESP e do MCT nos permitiu realizar esse investimento sem termos que contar com recursos estrangeiros”, afirmou.

O supercomputador será utilizado, além do Inpe, por outros grupos de pesquisa, instituições e universidades integrantes do Programa FAPESP de Pesquisa em Mudanças Climáticas Globais, da Rede Brasileira de Pesquisa sobre Mudanças Climática (Rede Clima) e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) para Mudanças Climáticas.

Em seu discurso na inauguração, Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da FAPESP, destacou a importância do supercomputador para o avanço das pesquisas realizadas no âmbito do Programa FAPESP de Pesquisa em Mudanças Climáticas Globais, que foi concebido para durar pelo menos dez anos, e para a criação do Modelo Brasileiro do Sistema Climático Global (MBSCG).

O modelo incorporará os elementos do sistema terrestre (atmosfera, oceanos, criosfera, vegetação e ciclos biogeoquímicos, entre outros), suas interações e de que modo está sendo perturbado por ações antropogênicas, como, por exemplo, emissões de gases de efeito estudo, mudanças na vegetação e urbanização.
A construção do novo modelo envolve um grande número de pesquisadores do Brasil e do exterior, provenientes de diversas instituições. E se constitui em um projeto interdisciplinar de desenvolvimento de modelagem climática sem precedentes em países em desenvolvimento.

“Não tínhamos, no Brasil, a capacidade de criar um modelo climático global do ponto de vista brasileiro. Hoje, a FAPESP está financiando um grande programa de pesquisa para o desenvolvimento de um modelo climático brasileiro”, disse Brito Cruz.

Na avaliação dele, o supercomputador representará um avanço na pesquisa brasileira em previsão de tempo e mudanças climáticas globais, que são duas questões estratégicas para o país.

Impossibilitado de participar do evento, o ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, gravou um vídeo, exibido na solenidade de inauguração do supercomputador, em que declarou o orgulho da instalação no Brasil do maior supercomputador do hemisfério Sul.

“Com esse supercomputador, o Brasil dá mais um passo para cumprir as metas de monitoramento do clima assumidas internacionalmente e entra no seleto grupo de países capazes de gerar cenários climáticos futuros”, disse.

Mais informações: www.inpe.br
FONTE: Agência FAPESP – 29/12/2010- Poder Aéreo