Mostrando postagens com marcador Brasil. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Brasil. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Supercomputador pessoal é lançado no Brasil

A máquina, chamada HPC Box, é 100 vezes mais potente que um PC comum e pouco maior

 

Já pensou ter um computador com 100 vezes mais poder de processamento que um computador convencional? ´O HPC Box vem equipado com processadores Tesla C2050 e C2070, da companhia NVIDIA. Esta tecnologia era até então limitada aos computadores de grande porte, mas a nova máquina possui um tamanho não muito maior que o computador que temos em casa: 70 centímetros de altura, 30 cm de largura e 70 cm de profundidade.


Cada unidade de processamento (GPU) tem capacidade de gerar 1 teraflop, o equivalente a 1 trilhão de cálculos por segundo. Podendo conter até quatro GPU’s, o HPC Box processa até quatro trilhões de cálculos por segundo. Algumas áreas de pesquisa necessitam desses computadores de alto desempenho para gerarem seus milhões de dados, como a de meteorologia, geologia – para perfil de uso do solo –, genética, entre outras. 

A máquina é feita sob encomenda e tem preço estimado entre R$ 35 mil e 65 mil, dependendo da configuração desejada. O preço é alto comparado a um PC comum, mas o diretor de tecnologia da SMB-Sunset, Edouard Kutchukian afirma que, “por contribuir com o desenvolvimento de projetos científicos, o pesquisador pode adquirir o equipamento utilizando recursos de sua bolsa de pesquisa.”.  A meta da SMB-Sunset é negociar pelo menos 50 deles ainda neste ano e outras 100 máquinas em 2012. (Revista Galileu)

Europeus querem Brasil como parceiro do programa Galileo

A UE (União Europeia) estuda convidar o Brasil para participar do desenvolvimento do programa Galileo.
Trata-se do sistema europeu de posicionamento por satélites, que ainda está em fase de implantação e concorrerá com o GPS americano. De 2007 a 2020, estima-se um investimento de mais de 5 bilhões de euros no projeto. 

A ideia de convidar o Brasil partiu da Comissão da UE (o órgão executivo do bloco), mas ainda está em processo de aprovação pelo Conselho da União Europeia (formado por ministros e chefes de Estado dos países do bloco). 

Depois de aprovada, só então a proposta deve ser apresentada ao Itamaraty. 


A condição para a entrada do Brasil no programa é que uma base de monitoramento europeia seja instalada em território nacional. 

Ela deve fazer parte de uma rede de ao menos 20 bases instaladas em diversos países, que serão usadas no controle dos satélites e na troca de dados e informações. 

Tais bases terão conexão direta com centrais de controle no continente europeu. 

CIVIL, NÃO MILITAR
Uma vez estabelecida a parceria, o Brasil deve ter o direito de usar o sistema em aplicações civis, tais como o controle do tráfego aéreo, gestão de linhas ferroviárias e transporte marítimo, agricultura e proteção ambiental. 

Também devem ser possíveis usos domésticos, como o sistema de navegação em carros particulares.
Apesar de o Brasil ceder uma base em seu território, não terá o direito de usar aplicações militares do sistema. Isso significa que, em ações bélicas, o país continuará dependente de sistemas internacionais, que podem ser bloqueados em conflitos. 

Além do GPS dos EUA, a Rússia tem uma rede de satélites com fins militares (Glonass), e a China e o Japão trabalham no desenvolvimento de um sistema regional. 

O Galileo promete ser mais preciso que o atual GPS. Enquanto o sistema americano admite uma margem de erro de metros, os europeus dizem que errarão por centímetros. 

Mas o sistema da UE precisará fazer uso de satélites americanos para complementar a sua rede.
O Galileo utilizará 30 satélites em órbita média da Terra, em uma inclinação que, em tese, trará informações mais precisas de áreas localizadas em latitudes mais altas, sendo mais útil para países no norte da Europa. 

Até agora só dois satélites experimentais foram lançados. Os dois primeiros satélites funcionais devem ser colocados em órbita no segundo semestre deste ano.(Folha de São Paulo)

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Petrobras exportará 1ª carga de petróleo extraído do pré-sal ao Chile


A Petrobras anunciou nesta terça-feira que exportará ao Chile um milhão de barris de petróleo que constituem a primeira carga de petróleo extraído do pré-sal a ser exportada.

A exportação foi negociada com a estatal Empresa Nacional de Petróleo (Enap), informou a companhia brasileira em comunicado.

Só no campo de Lula, antigamente conhecido como Tupi, as reservas prováveis de petróleo são calculadas entre 5 bilhões e 8 bilhões de barris, praticamente a metade das atuais reservas provadas do país (14 bilhões).

O campo de Lula, a primeira concessão do pré-sal a ser explorada comercialmente, é perfurado por um consórcio operado pela Petrobras (65%), em associação com a BG (25%) e a Galp (10%).

Esta concessão é menor que a do campo de Libra, cujas reservas calculadas chegam a 7,9 bilhões de barris, mas maior que a dos campos de Iara (entre 3 bilhões e 4 bilhões de barris) e a de Guará (entre 1,1 bilhão e 2 bilhões), todos no pré-sal.

A concessão do campo de Lula começou a ser explorada comercialmente em outubro passado com a instalação no local do navio-plataforma Cidade de Angra dos Reis.

A previsão do consórcio proprietário da concessão é que em 2013, quando a plataforma estiver conectada a seis poços de extração, alcance sua capacidade máxima para produzir diariamente 100 mil barris de petróleo e cinco milhões de metros cúbicos de gás natural. (EFE)

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Brasil quer enviar sua primeira sonda a asteroide em 2015

Cientistas de São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro e Brasília querem enviar ao espaço uma sonda para estudar um asteroide e fazer experimentos durante a viagem. 

O asteroide chamado de 2001-SN263 fica a 11 milhões de km na aproximação máxima da Terra e tem duas "luas" ao seu redor. 

A sonda deve ser obtida por uma parceria com a Rússia. Mas o desenvolvimento dos seus instrumentos está a cargo da UFABC (Universidade Federal do ABC). 

Lá, pesquisadores de engenharia espacial estão fazendo equipamentos capazes de analisar a composição química do asteroide. 

Isso é importante porque esses astros podem guardar informações sobre a origem do Sistema Solar.
"Os equipamentos já estão desenhados", diz Annibal Hetem, da UFABC. 

O projeto também envolve experimentos da USP. 

"Queremos testar a resposta de moléculas biológicas ao ambiente espacial, especialmente à radiação", diz o astrobiólogo Douglas Galante, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências da USP. 

A parte da análise dos dados ficaria com a Unesp (Universidade Estadual Paulista). 

De acordo com o físico Othon Winter, a universidade já está investindo em infraestrutura e pessoal técnico para receber as informações que viriam do espaço direto para Guaratinguetá. (Folha de São Paulo)


quarta-feira, 6 de abril de 2011

Senado aprova acordo Brasil-França para produção de submarinos


O Plenário do Senado aprovou nesta quinta-feira (5) acordo entre Brasil e França, firmado em dezembro de 2008, para cooperação na produção de submarinos. O Projeto de Decreto Legislativo (PDS) 79/11 segue agora para promulgação.

O acordo aprovado estabelece a cooperação bilateral no desenvolvimento e na construção de submarinos convencionais do tipo Scorpène (SBR), assim como de um submarino com armamento convencional destinado a receber um reator nuclear a ser desenvolvido pela parte brasileira (SNBR).

O texto estabelece a compra pelo Brasil de quatro submarinos e a transferência de tecnologia, bem como a assistência francesa para a construção de um estaleiro de submarinos e de uma base naval.

Durante a tramitação do acordo na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), o relator da matéria, senador João Pedro (PT-AM), observou que dois aspectos tornaram atraente para o governo brasileiro a proposta francesa: a necessidade de submarinos de propulsão nuclear para a vigilância mais adequada das águas profundas da plataforma continental brasileira, onde se encontra a camada pré-sal; e a decisão da França de fazer a transferência de tecnologia.

Segundo João Pedro, a Marinha considera que tais submarinos podem permanecer submersos por períodos mais longos, sendo mais adequados para a vigilância em águas profundas.(Agência Senado)

sábado, 2 de abril de 2011

Governo apresenta proposta de PPB para produção de tablets no Brasil

A Secretária do Desenvolvimento da Produção do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior colocou em consulta pública (Nº5) proposta de fixação do Processo Produtivo Básico (PPB), para a produção de "microcomputador portátil, sem teclado físico, com tela sensível ao toque (touch screen) - tablet PC".

As empresas interessadas em apresentar sugestões ao texto final deste PPB terão 15 dias para se manifestar. O prazo começou nesta sexta-feira, 01/04, com a publicação desta consulta no Diário Oficial da União.

Até 31 de dezembro de 2013, estarão dispensados da montagem local as telas de cristal líquido, plasma ou que tenham outras tecnologias "com ou sem dispositivo de captura de imagem e/ou alto falantes incorporados", além do dispositivo apontador sensível ao toque (touch pad, touch screen).

Mas a partir de 1º de janeiro de 2014, pelo menos 50% (percentual mínimo) desses dois "subconjuntos" deverão ser pdoduzidos no País, "tomando-se por base a produção no ano calendário", segundo iforma a secretaria na Consulta Pública.

Outros componentes
A proposta de Processo Produtivo Básico (PPB) para os tablets, também definiu prazos para a produção local de outros componentes partes e peças. Para a placa-mãe, por exemplo, as empresas terão que observar os seguintes prazos:

Ano calendário 2011: 50%
Ano calendário 2012: 80%
Ano calendário 2013 em diante: 95%

Para as placas de circuitos impressos, "montadas com componentes elétricos ou eletrônicos que implementem a função de acesso à rede de comunicação sem fio" (wireless), as empresas somente terão de internar parte da produção a partir de 2013 (50%) e 2014 (80%).

Os demais requisitos para o cumprimento deste PPB estão no Diário Oficial desta sexta-feira (1º de abril) - seção 1; página 91.(Convergência Digital / Luiz Queiroz)

quinta-feira, 31 de março de 2011

Heróis do Brasil

Longa-metragem conta os bastidores da participação dos pracinhas brasileiros na 2.ª Guerra

Há quem diga que todos os filmes de guerra já foram feitos, que filme de guerra virou gênero clichê. E que o Brasil não sabe fazer nem mesmo guerra, que dirá um filme de guerra. Vicente Ferraz e sua equipe tentam derrubar todos os clichês com A Montanha, longa-metragem sobre os bastidores da participação dos pracinhas brasileiros na 2.ª Guerra - um episódio histórico traumático para as famílias dos participantes e ainda hoje pouco esclarecido. Diretor do premiado Soy Cuba, o Mamute Siberiano, Ferraz decidiu rodar o filme em solo italiano, real cenário da luta dos soldados brasileiros, numa coprodução que uniu três países: Itália (Verdeoro) e Portugal (Stopline Films), que entram com 40%, e o Brasil (Primo Filmes e Três Mundos Produções), com 60%. Do elenco, liderado pelos brasileiros Daniel de Oliveira (Cazuza, Zuzu Angel), Julio Andrade (Cão sem Dono e Hotel Atlântico), Thogum (Filhos do Carnaval, Tropa de Elite, Bruna Surfistinha) e Francisco Gaspar (A Casa de Alice, Caixa 2), participam o italiano Sergio Rubini, o alemão Richard Sammel e o português Ivo Canelas.

A batalha de comandar mais de 60 profissionais de nacionalidades diferentes, num ambiente pouco familiar e descobrir o lugar do Brasil no conflito que mudou a ordem social parece, ironicamente, manter semelhanças com a luta narrada em A Montanha. Sem contar a batalha que ainda será travada para arrecadar R$ 3 milhões dos R$ 8 milhões previstos no orçamento do filme. 

Na 2.ª Guerra, o Brasil uniu-se aos aliados, ao lado dos EUA, Inglaterra e França, contra os países do Eixo - Alemanha, Itália e Japão. A Força Expedicionária Brasileira enviou à Itália mais de 25 mil soldados, a maioria jovens pobres e despreparados que tiveram, quase de repente, de aprender a combater e a conviver com o frio, o medo e com um idioma estrangeiro. No filme, quatro pracinhas perdem-se na neve e acabam encontrando um correspondente de guerra e dois soldados desertores: um italiano que quer se juntar à resistência e um alemão cansado da guerra. Assim, passam a formar um estranho grupo de deserdados de várias nacionalidades.

O Estado acompanhou a equipe de filmagem nos Alpes italianos, na região de Friuli-Venezia Giulia, quase fronteira com a Eslovênia, com a tão almejada paisagem nevada, essencial para as principais sequências do filme. Ali, a pequena cidade de Aviano abriga a base da equipe do filme, e também a base do Exército americano e da Otan. Enquanto o filme era rodado, tropas americanas se preparavam para o ataque aéreo na Líbia. A movimentação militar local podia ser sentida nas entrelinhas de um inglês pronunciado tão naturalmente quanto naturalmente também há mais ‘american dinners’ que trattorias italianas na cidade.(Estado de São Paulo)

quarta-feira, 30 de março de 2011

Governo estuda criar 16 linhas regionais de trens

No embalo do trem-bala, governos pelo Brasil estudam implantar outras 16 linhas de transporte de trens de passageiro em média velocidade dos trens regionais. Esses trens andam a até 250 km/h (velocidade máxima) e fazem trajetos entre 100 e 400 quilômetros, em média. Hoje, o país tem 28 mil quilômetros de ferrovias -a maior parte subutilizada pelo transporte de carga.

E só duas linhas de passageiros funcionam: Vitória (ES) e Belo Horizonte (MG); e São Luís (MA) e Paraopebas (PA). Elas transportam poucas pessoas, são lentas (a média entre MG e ES é de 50 km/h) e dão prejuízo. Segundo o responsável pelos estudos no Ministério dos Transportes, Afonso Carneiro Filho, sete empresas estrangeiras, todas potenciais concorrentes do trem-bala, estarão em Brasília na próxima semana para apresentar tecnologias que possam se adaptar ao uso dessas linhas.

A ideia é aproveitar os trilhos existentes e fazer pequenos reparos para colocar os trens novos operando com passageiros. Muitos desses trens têm tecnologia para andar a mais de 200 km/h mesmo em trilhos antigos. A operação das linhas seria concedida ou seriam criadas sociedades em parceria com governos estaduais e municipais para a operação.

Não há, por enquanto, estimativas de custo, já que cada trecho terá um projeto próprio. Uma dificuldade para essa implementação é que hoje as principais linhas são usadas pelo transporte de carga e as concessionárias podem impor restrições ao uso por passageiros.
São Paulo
Parte dos projetos é com novas linhas de trem, como no caso de São Paulo. Segundo a STM (Secretaria de Transportes Metropolitanos), a intenção é ter quatro ligações entre a capital e Campinas, São José dos Campos, Sorocaba e Santos.
Caso o projeto do trem-bala se concretize, Campinas e São José estariam atendidas por uma ligação ferroviária. E o governo paulista começará imediatamente a investir nas linhas para Sorocaba e Santos, com previsão para início de obras em dois anos.

Neste mês, o governo terminará o estudo de viabilidade de dois projetos: Caxias do Sul a Bento Gonçalves (RS) e Londrina a Maringá (PR). A ideia no RS é usar um trecho que hoje tem apenas um trem turístico para fazer uma ligação de passageiros entre as cidades mais importantes da região da Serra Gaúcha. A Folha apurou que há interesse dos grandes fabricantes mundiais em vender no país trens desse tipo. A espanhola Talgo, que está se apresentando para o leilão trem-bala mas não tem parceiros, está interessada em vender seus trens regionais.

No Brasil, o ônibus está sozinho nesse mercado. Nas linhas dentro de Estados, a estimativa do setor é que os ônibus transportem mais de 1,6 bilhão de passageiros ano, a maior parte em viagens intermunicipais muito curtas, como São Paulo a Guarulhos, que não seriam atingidas por trens regionais.(Revista Ferroviária)

segunda-feira, 28 de março de 2011

Cidades brasileiras apagam as luzes para Hora do Planeta


Moradores de diversas cidades brasileiras apagaram as luzes na noite deste sábado para participar da campanha ambiental Hora do Planeta. 

A ação é uma mobilização mundial para conscientizar a população sobre o aquecimento global e a necessidade de se preservar o ambiente. 

Entidades e prefeituras também aderiram à campanha e cortaram a iluminação de monumentos. Ficaram às escuras a partir das 20h30 o Cristo Redentor, no Rio, e a ponte Octavio Frias de Oliveira, em São Paulo. 

No Brasil, o primeiro minuto da Hora do Planeta foi de silêncio, em homenagem às vítimas do terremoto e do tsunami que atingiram o Japão e às famílias atingidas pelas enchentes no Rio de Janeiro e em outros Estados. 

O Rio, que participa pela terceira vez da campanha, é a sede do evento no Brasil e, além do Cristo, apagou as luzes dos arcos da Lapa e da orla da praia de Copacabana. 

Outras 18 capitais, como Brasília, Curitiba e Salvador, também anunciaram ter aderido à Hora do Planeta apagando a iluminação de monumentos famosos. 

A organização ambientalista WWF (sigla em inglês de World Wildlife Fund), responsável pela iniciativa, estima que serão mais de 4.000 cidades de 130 países do mundo a apoiar a campanha. No Brasil, são 123. 

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Brasil prepara lançamento inédito de foguete em 2012, mas uso é incerto

A capacidade de carregamento de satélites do Cyclone-4, fabricado na Ucrânia, é questionada por especialistas.

O Brasil prepara, para 2012, um feito inédito em seu programa espacial: pela primeira vez, irá colocar no espaço, a partir do seu próprio solo, um foguete com um satélite a bordo. Trata-se do Cyclone-4, foguete de fabricação ucraniana que deve ser lançado no ano que vem da base de Alcântara (MA), em uma parceria que começou a ser orquestrada em 2003. Pelo acordo, o Brasil entra com a base, e a Ucrânia, com a tecnologia do foguete.

Um lançamento bem-sucedido pode elevar o status dos dois países no cenário espacial global. No entanto, um dos dilemas do programa é quanto ao uso que o Brasil poderá dar ao Cyclone-4. Alguns especialistas ouvidos pela BBC Brasil consideram "altamente questionável" sua viabilidade comercial.
Uma questão-chave é a capacidade limitada de carga do Cyclone-4: para a chamada órbita geoestacionária, em que o satélite fica a 36 mil km de altitude e parado em relação a um ponto na superfície da Terra, o foguete só consegue levar carga de 1,6 mil quilos, o que é considerado insuficiente para muitos satélites de comunicação.

"O programa foi inicialmente proposto como uma empreitada de cunho comercial, e que deveria se sustentar com a venda dos serviços de lançamentos de satélites. Mas sua evolução não corrobora essa hipótese", disse José Nivaldo Hinckel, coordenador do departamento de mecânica espacial do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).



Fontes ligadas à ACS, empresa binacional criada pela parceria Brasil-Ucrânia, admitem que será necessário encontrar um 'nicho de mercado' para o Cyclone-4, já que muitos satélites públicos e privados não cabem no foguete. Mas a empresa diz que já está participando de concorrências internacionais e que negocia qual satélite participará do lançamento inicial do foguete.


Vantagem geográfica
 
Para Carlos Ganem, presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), o programa com a Ucrânia "inaugura um tempo novo" para o Brasil e permitirá que o país usufrua de sua vantagem geográfica.
Como Alcântara fica próxima à Linha do Equador, lançamentos feitos ali permitem o uso eficiente do movimento de rotação da Terra, gastando 30% a menos de combustível no envio de foguetes ao espaço.

Além de serem considerados importantes pelo uso em telecomunicações, os satélites são muito usados para coletar informações sobre clima, navegação, ocupação de solo e monitoramento da região amazônica.

"São essenciais para que o Brasil exerça sua autonomia", opinou Ganem, dizendo que o país ambiciona ter satélites feitos em parceria com Argentina e África do Sul que possam ser lançados em Alcântara.

Para Hinckel, do Inpe, porém, "é difícil justificar um programa espacial autônomo (como o do Cyclone) sem que o segmento de comunicações geoestacionárias seja contemplado".
Fernando Catalano, professor de engenharia aeronáutica da USP de São Carlos, disse achar importante o desenvolvimento proporcionado à base de Alcântara, mas considera improvável que o lançador traga lucros de curto prazo para o Brasil ou que elimine a dependência do país para lançamentos de satélites.

Preparativos
 
Do lado brasileiro, a ACS diz que está preparando a parte estrutural de Alcântara para o lançamento do Cyclone-4.

Já do lado da Ucrânia, 16 empresas estão contribuindo para a construção do foguete, na cidade de Dnipropetrovsk (centro-leste do país). Segundo os projetistas, essa versão do Cyclone terá alta precisão e um aumento de 30% na capacidade de carregar combustível. O artefato terá vida útil estimada de entre 15 e 20 anos.

Para Ganem, trata-se de "um lançador confiável, da escola soviética". Para Catalano, é um foguete não muito grande nem muito caro, e a família Cyclone, existente desde 1969, tem um histórico bem-sucedido (em 226 testes de lançamento, houve apenas seis falhas).

Segundo a ACS, outro ponto importante é que não haverá contato humano com o foguete na base. Isso impediria a repetição do ocorrido em 2003, quando uma explosão no VLS (Veículo Lançador de Satélites) resultou na morte de 21 técnicos em Alcântara.

No entanto, Hinckel cita preocupações com o combustível propelente "altamente tóxico" que será usado no lançamento. A ACS alega que não haverá manuseio do combustível - que virá da China, via navio -, apenas de seu recipiente.

Tecnologia
 
Em aparente mostra da preocupação com a viabilidade comercial do projeto, telegramas diplomáticos divulgados pelo site WikiLeaks apontaram recentemente que a Ucrânia sugeriu aos Estados Unidos que lançassem seus satélites a partir de Alcântara.

Os documentos indicam que os americanos condicionaram seu interesse pela base à não transferência de tecnologia ucraniana de foguetes ao Brasil.

O embaixador ucraniano em Brasília, Ihor Hrushko, disse à BBC Brasil (em entrevista prévia ao vazamento do WikiLeaks) que formalmente não há acordo para a transferência de tecnologia no Cyclone-4, mas sim expectativa de que a parceria bilateral continue "para que trabalhemos em conjunto em outros processos".

Ele disse que transferir tecnologia não é algo de um dia para o outro, "é um processo duradouro, de anos".

Mas ele afirmou que o Brasil é o "sócio mais importante" da Ucrânia no continente - tanto que, em 10 de janeiro, o presidente do país, Viktor Yanukovich, telefonou à presidente Dilma Rousseff para falar sobre a expectativa de criar uma "parceria estratégica" com o Brasil a partir do foguete. Os dois presidentes esperam estar presentes no lançamento do artefato.

A ACS, por sua vez, afirmou que a expectativa de transferência de tecnologia existe, mas ressaltou que não é esse o objetivo do tratado binacional.

Ainda que o intercâmbio tecnológico seja considerado importante para os especialistas consultados pela BBC Brasil, alguns destacam que a não transferência acabou estimulando o desenvolvimento de tecnologias brasileiras.

É o caso do satélite CBERS-3, que será lançado na China em outubro, com o objetivo de monitoramento ambiental e controle da Amazônia: suas câmeras foram produzidas em São Carlos (SP), com tecnologia nacional da empresa Opto.(G1)

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Chávez teria incitado Morales a nacionalizar Petrobras, segundo WikiLeaks

Em outro documento divulgado pelo wikileaks nesta terça-feira, os americanos afirmam que o Brasil tem uma necessidade quase neurótica de ser igual aos Estados Unidos.

O telegrama diz que o governo brasileiro não confia em Washington quando o assunto é Amazônia, petróleo e integração regional.

O Ministério das Relações Exteriores foi classificado como esquerdista, anti-ianque e ciumento.

Mais um vazamento do site mostra que o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, incitou o governo de Evo Morales da Bolívia, a nacionalizar as instalações da Petrobras no país em 2006.

sábado, 1 de janeiro de 2011

Em discurso, Dilma destaca fato de ser primeira mulher presidente


No início de seu discurso de posse, a presidente da República, Dilma Vana Rousseff, 63, destacou o fato de ser a primeira mulher a ocupar o cargo. 

"Venho para abrir portas para que muitas outras mulheres, também possam, no futuro, ser presidenta; e para que no dia de hoje todas as brasileiras sintam o orgulho e a alegria de ser mulher", afirmou Dilma, no discurso no Congresso. 

Ela afirmou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva mudou a forma de governar o país e disse que sua eleição representa a abertura de portas para que outras mulheres também sejam presidentes. 

Segundo Dilma, Lula "levou o povo brasileiro a confiar ainda mais em si mesmo e no futuro de seu país". Ela prometeu dar continuidade ao que chamou de "maior processo de afirmação que o Brasil já viveu". 

Dilma também disse que Lula levou o povo brasileiro a fazer "uma travessia para outra margem da história" e que sua missão, a partir de agora, será "ampliar o caminho" nessa outra margem. 

Ainda se referindo ao seu antecessor, Dilma afirmou que "a maior homenagem que posso prestar a ele é ampliar e avançar as conquistas do seu governo". 

"Reconhecer, acreditar e investir na força do povo foi a maior lição que o presidente Lula deixou para todos nós", completou. 

Dilma também homenageou o vice-presidente José Alencar. 

Segundo ela, o vice é "um exemplo de coragem e de amor à vida". Alencar está internado, em São Paulo, onde realiza um tratamento de câncer que já dura mais de 10 anos. 

"Quero, neste momento, prestar minha homenagem a outro grande brasileiro, incansável lutador, companheiro que esteve ao lado do Presidente Lula nestes oito anos: nosso querido Vice José Alencar", disse. 

"Que exemplo de coragem e de amor à vida nos dá este homem! E que parceria fizeram o presidente Lula e o vice-presidente José Alencar, pelo Brasil e pelo nosso povo", afirmou, arrancando aplausos dos presentes.
Antes de discursar, Dilma o vice-presidente Michel Temer já foram empossados pelo Congresso, em sessão presidida pelo senador José Sarney (PMDB-DF).(Folha de São Paulo)




sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Rumo ao submarino nuclear


Ontem, dia 30/12/2010, foi inaugurada nas Indústrias Nucleares do Brasil (INB), em Resende, no Estado do Rio de Janeiro, a terceira cascata de enriquecimento de urânio. A cerimônia contou com a presença do Alte. Julio Soares de Moura Neto e outros Oficiais de Marinha.  Além disso, no início do próximo ano, a primeira turma de engenheiros e técnicos da Marinha do Brasil irá para a França para se especializar em projeto e construção de submarinos nucleares. O curso dura até 18 meses.(Blog Naval)