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domingo, 20 de março de 2011

Wikileaks: Japão foi avisado sobre deficiência na segurança das usinas


O governo japonês foi alertado, há mais de dois anos, que as regras de segurança das centrais nucleares estavam fora de data e fortes tremores poderiam causar "um problema grave". A informação está em telegramas oficiais obtidos pelo site Wikileaks e publicada nesta quarta-feira pelo jornal britânico "The Telegraph".

Um funcionário da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) disse que em dezembro de 2008 a segurança das usinas nucleares japonesas estavam desatualizadas. O governo do Japão havia se comprometido a aumentar a segurança em todas as usinas, segundo o Wikileaks.

Os avisos sobre a segurança das usinas nucleares no Japão, um dos países sismologicamente ativos do mundo, foram abordados durante uma reunião sobre segurança nuclear do G8 e do Grupo de Segurança em Tóquio, em 2008.

Ainda no documento divulgado pelo Wikileaks, um funcionário da AIEA explicou que os guias de medidas para segurança sísmica só foram revistos por três vezes nos últimos 35 anos e que a agência está reexaminando agora.

Desde o terremoto com magnitude 9,0 de sexta-feira, a usina nuclear Fukushima Daiichi 1, no nordeste do Japão, sofreu quatro explosões e dois incêndios. A situação espalhou uma onda de medo sobre uma possível contaminação radioativa no país.(SRZD)

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Extradição de Julian Assange é aprovada


Um tribunal britânico decidiu nesta quinta-feira, 24, extraditar Julian Assange, fundador do WikiLeaks, para a Suécia, onde ele é acusado de cometer crimes sexuais contra duas ex-voluntárias do site, o que ele nega.

Um advogado de Assange disse que vai recorrer.

Na Suécia, uma porta-voz disse que a promotoria sueca colocará em breve uma nota em seu site se manifestando sobre a decisão.

O australiano Assange, de 39 anos, se diz vítima de uma perseguição política por ter irritado os Estados Unidos com a divulgação de milhares de documentos diplomáticos sigilosos.

Uma das mulheres acusa Assange de ter ignorado pedidos dela para que usasse preservativo em uma relação sexual. A outra diz que ele fez sexo com ela — também sem preservativo — enquanto ela dormia.
Promotores dizem que a segunda acusação se enquadra na menos grave das três categorias de estupro previstas na lei sueca, com pena de até quatro anos de prisão.

Durante três dias de audiências neste mês, advogados de Assange argumentaram que ele não teria direito a um julgamento justo na Suécia, e que promotores do país nórdico tinham cometido erros técnicos no caso.

Alegaram também que o australiano, especialista em informática, poderia acabar sendo enviado para os EUA, onde poderia até ser executado pela divulgação dos segredos.

Segundo os advogados do réu, o primeiro-ministro sueco, Fredrik Reinfeldt, criou uma “atmosfera tóxica” em seu país, tratando Assange como “inimigo público número 1″ e reduzindo as chances de que ele tenha um julgamento justo.

Mas o juiz britânico Howard Riddle rejeitou esse argumento e ordenou a extradição.(Michael Holden -Reuters)

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Hackers atacam empresa de segurança que colabora com o FBI

O grupo de hackers Anonymous, que está por trás dos recentes ataques a companhias que retiraram seus respectivos serviços ao Wikileaks, invadiu nesta segunda-feira o sistema de uma empresa de segurança informática que colabora com o FBI para expor suas identidades. 

Os hackers afirmaram serem os responsáveis por desfigurar o site da HBGary Federal, roubar dezenas de milhares de e-mails e momentaneamente redirecionar o tráfico a uma página com uma mensagem agressiva.
"Vocês tentaram morder a mão dos Anonymous", dizia a mensagem. "Enfureceram a colmeia e agora serão vítimas de picadas." 

Quem tentava visitar a página da HBGary na segunda-feira, via um texto que dizia que o site estava "em construção". 

Os hackers também entraram nas contas de correio eletrônico da empresa, entre elas do diretor-executivo da HBGary, Aaron Barr. 

Os e-mails roubados estavam disponíveis em um popular site em que usuários compartilham arquivos, afirmou Chester Wisniewski, da empresa de segurança Sophos em um comunicado. 

O ataque à HBGary foi muito mais sofisticado que os ataques de negação de serviço (DDoS) cometidos pelo grupo no ano passado contra os sites de Amazon, Visa e Mastercard, aparentemente em retaliação pelas decisões destas empresas de deixar de oferecer seus serviços ao Wikileaks. 

O Wikileaks desatou a ira de Washington porque publicou centenas de milhares de cabos diplomáticos confidenciais e relatórios militares sobre Iraque e Afeganistão. 

HBGary estava trabalhando para expor os culpados dos ataques anteriores e estava disposta a vender ao FBI informações sobre a identidade dos membros do Anonymous, segundo Wisniewski.(Folha)

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

EUA tentaram impedir programa brasileiro de foguetes, revela WikiLeaks


Ainda que o Senado brasileiro venha a ratificar o Acordo de Salvaguardas Tecnológicas EUA-Brasil (TSA, na sigla em inglês), o governo dos Estados Unidos não quer que o Brasil tenha um programa próprio de produção de foguetes espaciais. Por isso, além de não apoiar o desenvolvimento desses veículos, as autoridades americanas pressionam parceiros do país nessa área – como a Ucrânia – a não transferir tecnologia do setor aos cientistas brasileiros.

A restrição dos EUA está registrada claramente em telegrama que o Departamento de Estado enviou à embaixada americana em Brasília, em janeiro de 2009 – revelado agora pelo WikiLeaks ao GLOBO. O documento contém uma resposta a um apelo feito pela embaixada da Ucrânia, no Brasil, para que os EUA reconsiderassem a sua negativa de apoiar a parceria Ucrânia-Brasil, para atividades na Base de Alcântara no Maranhão, e permitissem que firmas americanas de satélite pudessem usar aquela plataforma de lançamentos.
Além de ressaltar que o custo seria 30% mais barato, devido à localização geográfica de Alcântara, os ucranianos apresentaram uma justificativa política: “O seu principal argumento era o de que se os EUA não derem tal passo, os russos preencheriam o vácuo e se tornariam os parceiros principais do Brasil em cooperação espacial” – ressalta o telegrama que a embaixada enviara a Washington.

A resposta americana foi clara. A missão em Brasília deveria comunicar ao embaixador ucraniano, Volodymyr Lakomov, que “embora os EUA estejam preparados para apoiar o projeto conjunto ucraniano-brasileiro, uma vez que o TSA (acordo de salvaguardas Brasil-EUA) entre em vigor, não apoiamos o programa nativo dos veículos de lançamento espacial do Brasil”. Mais adiante, um alerta: “Queremos lembrar às autoridades ucranianas que os EUA não se opõem ao estabelecimento de uma plataforma de lançamentos em Alcântara, contanto que tal atividade não resulte na transferência de tecnologias de foguetes ao Brasil”.

O Senado brasileiro se nega a ratificar o TSA, assinado entre EUA e Brasil em abril de 2000, porque as salvaguardas incluem concessão de áreas, em Alcântara, que ficariam sob controle direto e exclusivo dos EUA. Além disso, permitiriam inspeções americanas à base de lançamentos sem prévio aviso ao Brasil. Os ucranianos se ofereceram, em 2008, para convencer os senadores brasileiros a aprovarem o acordo, mas os EUA dispensaram tal ajuda.

Os EUA não permitem o lançamento de satélites americanos desde Alcântara, ou fabricados por outros países mas que contenham componentes americanos, “devido à nossa política, de longa data, de não encorajar o programa de foguetes espaciais do Brasil”, diz outro documento confidencial.

Viagem de astronauta brasileiro é ironizada

Sob o título “Pegando Carona no Espaço”, um outro telegrama descreve com menosprezo o voo do primeiro astronauta brasileiro, Marcos Cesar Pontes, à Estação Espacial Internacional levado por uma nave russa ao preço de US$ 10,5 milhões – enquanto um cientista americano, Gregory Olsen, pagara à Rússia US$ 20 milhões por uma viagem idêntica.

A embaixada definiu o voo de Pontes como um gesto da Rússia, no sentido de obter em troca a possibilidade de lançar satélites desde Alcântara. E, também, como uma jogada política visando a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Num ano eleitoral, em que o presidente Lula sob e desce nas pesquisas, não é difícil imaginar a quem esse golpe publicitário deve beneficiar.

Essa pode ser a palavra final numa missão que, no final das contas, pode ser, meramente ‘um pequeno passo’ para o Brasil” – diz o comentário da embaixada dos EUA, numa alusão jocosa à célebre frase de Neil Armstrong, o primeiro astronauta a pisar na Lua, dizendo que seu feito se tratava de um pequeno passo para um homem, mas um salto gigantesco para a Humanidade.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Banqueiro suíço entregará novos dados ao WikiLeaks

Rudolf Elmer já havia divulgados dados bancários ao Wikileaks anteriormente

Um ex-banqueiro suíço que foi um dos primeiros homens a usar o site WikiLeaks para publicar documentos internos prometeu divulgar novos dados sobre contas bancárias no exterior na próxima segunda-feira, disse um jornal.

Rudolf Elmer, que foi demitido do Julius Baer em 2002 e que vai a julgamento na Suíça na quarta-feira por quebrar o sigilo bancário, entregará mais dados ao WikiLeaks em uma coletiva de imprensa em Londres, informou neste domingo o jornal Der Sonntag. 

Elmer disse ao jornal suíço que vai entregar dois CDs contendo os nomes e detalhes de contas de cerca de 2.000 clientes do banco, incluindo importantes empresários, artistas e cerca de 40 políticos, que colocaram suas reservas fora de seus países de origem. 

"Os documentos mostram que eles se escondem atrás do sigilo bancário, provavelmente para evitar os impostos", afirmou Elmer ao jornal. 

Ele afirmou entender que os dados não devem ir imediatamente ao WikiLeaks, pois precisam passar por um processo de avaliação. 

Elmer disse que os dados envolvem multimilionários, empresas internacionais e fundos de cobertura de vários países, incluindo Estados Unidos, Alemanha e Grã-Bretanha. 

Os dados são de pelo menos três instituições bancárias, incluindo o Julius Baer, e cobrem o período de 1990 a 2009. Muitos dos documentos vazaram a ele por comparsas. 

Nem Julius Baer, nem Elmer, que era o chefe de operações do banco nas ilhas Cayman, estavam imediatamente disponíveis para comentar.(Estado de São Paulo)

 

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Chávez teria incitado Morales a nacionalizar Petrobras, segundo WikiLeaks

Em outro documento divulgado pelo wikileaks nesta terça-feira, os americanos afirmam que o Brasil tem uma necessidade quase neurótica de ser igual aos Estados Unidos.

O telegrama diz que o governo brasileiro não confia em Washington quando o assunto é Amazônia, petróleo e integração regional.

O Ministério das Relações Exteriores foi classificado como esquerdista, anti-ianque e ciumento.

Mais um vazamento do site mostra que o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, incitou o governo de Evo Morales da Bolívia, a nacionalizar as instalações da Petrobras no país em 2006.